quarta-feira, 17 de agosto de 2016

Estímulo ao reconhecimento
de paternidade em presídios

Instituído em 2010 para estimular o reconhecimento de paternidade de pessoas sem registro, o Programa Pai Presente vem sendo feito, pelos tribunais, como importante instrumento para a inserção social nos presídios.
O Programa Pai Presente foi instituído pela Corregedoria Nacional de Justiça e é desenvolvido de forma descentralizada pelas corregedorias dos tribunais de Justiça.

Além do reconhecimento de paternidade, os tribunais incluem no atendimento a realização de exames de DNA. O cenário mais comum é o pai preso que reconhece o filho que teve antes de ser condenado. Mas já houve casos em que o detido é filho e o pai, por não tê-lo registrado antes, fica impedido de visitá-lo.

Em Goiás, são licitados mil exames por ano para o público de baixa renda, incluindo presos. Porém, a maioria dos reconhecimentos por ingressos no sistema carcerário é espontânea, relata Maria Madalena de Souza, gerente-administrativa do programa no Tribunal de Justiça de Goiás.

Apenas em Goiânia, cerca de 20% (64 de 327) dos casos de reconhecimento de paternidade, no ano passado, foram em presídios. Neste ano, do total de 300 reconhecimentos até agora, 49 foram de detentos. “Quando o reeducando sente o apoio familiar, isso traz tranquilidade e segurança para que ele possa cumprir o período recolhido sabendo que tem alguém aqui fora esperando por ele”, diz Maria Madalena.

Ela destaca que a filiação reconhecida pelo preso permite o sustento da criança. Presos que contribuíram com regularidade para a Previdência Social podem requerer o auxílio reclusão para os filhos. “Falta informação. Muita gente pensa que o dependente de qualquer preso recebe. O auxílio é exclusivo de quem trabalhava com carteira assinada quando foi detido ou que contribuía de forma autônoma”, ressaltou Maria Madalena. Além disso, só a certidão com nome do pai permite a visita nos presídios.

No Tribunal de Justiça do Amapá, houve 358 reconhecimentos no Instituto de Administração Penitenciária (Iapen), em 2015. Já no primeiro semestre deste ano, foram 80 registrados. Sempre na última sexta-feira de cada mês, uma equipe da Casa de Justiça e Cidadania do TJ-AP promove audiências com os pais recolhidos no presídio e as mães.

No Pará, um em cada dez reconhecimentos foi feito entre a população carcerária. Ao todo, o serviço atendeu 204 presos (10,6%) entre os 1.914 casos ocorridos no período de 2012 a julho deste ano, segundo relatório do tribunal de Justiça.
No estado, as mulheres devem procurar a Casa da Justiça, onde a mãe do filho do detento solicita autorização da Superintendência do Sistema Penitenciário para fazer o teste de DNA. A coleta de sangue do suposto pai é feita no presídio. Convênio do TJ-PA com laboratório local promove cerca de 60 exames por mês para a população sem condições financeiras.

No Maranhão, caso o pai detido não seja liberado para fazer o registro em cartório, ele e o diretor da unidade prisional assinam procuração dando à mãe autorização para usar o nome na certidão. No ano passado, 13 famílias foram atendidas e, neste ano, cinco. 

(Fonte: Agência CNJ de Notícias)

terça-feira, 16 de agosto de 2016

Movimento Mulheres do Brasil vai
implantar Apac em Santa Catarina

Uma das ações do movimento Mulheres do Brasil, que reúne empresárias e outras líderes e está abrindo núcleo em Santa Catarina, será a implantação da Associação de Proteção e Assistência aos Condenados (Apac) no Estado. 

Trata-se de programa em presídios que recupera 92% dos "recuperandos" por meio do trabalho, amor e religião, explica a empresária Sônia Hess que tratou do tema ontem com a desembargadora Salete Sommariva, a empresária e voluntária pelo social Fernanda Bornhausen Sá e a vice-presidente do Conselho da Mulher Empresária (Ceme) da Facisc para o Sul de SC, Vanilsa Oliveira.

Elas participaram do evento Empreende Mulher Catarinense na Assembleia Legislativa, promovido ela Federação das Associações Empresariais de SC (Facisc). 

Conforme Sônia Hess, numa primeira etapa serão abertas Apacs na Grande Florianópolis, Blumenau e Criciúma. 

Na foto, a partir da esquerda, a presidente do Ceme, Janelise dos Santos; presidente do Conselho Nacional da Mulher Empresária, Neiva Kieling; Juliane Oliveira (da Associação de Araranguá), Vanilsa; Sônia; Salete; e Fernanda.




(Fonte: Estela Benetti – Diário Catarinense)

sexta-feira, 12 de agosto de 2016

Sistema carcerário de Santa Catarina libera
490 presos para passar Dia dos Pais em casa

Na Grande Florianópolis, 35 condenados com bom comportamento ganharam a regalia

490 presos deixaram o sistema carcerário de Santa Catarina, temporariamente, para passar o Dia dos Pais com familiares. O total de presos nas ruas representa 2,7% da população carcerária do Estado, atualmente com 17.657 condenados. De acordo com a assessoria de comunicação do Deap (Departamento Estadual de Administração Prisional), a medida beneficia presos de bom comportamento, em regime semiaberto, que já cumpriram um sexto da pena.

O benefício é garantido pela LEP (Lei de Execução Penal), que tem por objetivo efetivar as disposições de sentença ou decisão criminal e proporcionar condições para a harmônica integração social do condenado. Detentos que se encaixam nestas condições têm direito a cinco saídas temporárias por ano. “Geralmente eles escolhem datas comemorativas para visitar os familiares”, disse David Santana, assessor do Deap. 

As saídas temporárias para o Dia dos Pais começaram a ser concedidas na segunda-feira terminaram nesta sexta-feira. Nos presídios, penitenciárias e colônia agrícola da Grande Florianópolis, 35 presos ganharam a regalia. Durante o Natal e o Ano-Novo de 2015, foram beneficiados com a saída temporária 2.173 detentos.

(Fonte: Jornal Notícias do Dia)

Leia mais em: 
http://ndonline.com.br/florianopolis/noticias/326487-sistema-carcerario-de-santa-catarina-libera-490-presos-para-passar-dia-dos-pais-em-casa.html